Elon Musk e a Starlink: A Conexão Obscura na Amazônia
Elon Musk, renomado por sua visão futurista e avanços tecnológicos, está sob escrutínio devido às suas recentes incursões na Amazônia brasileira com a Starlink, seu serviço de internet via satélite. O empresário é acusado pela Polícia Federal de viabilizar o acesso à internet para garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, alimentando uma cadeia de atividades ilícitas que ameaçam o meio ambiente e as comunidades locais.
Segundo reportagem do Brasil de Fato, a internet da Starlink está sendo comercializada em grupos virtuais de garimpeiros, onde as antenas são revendidas por valores inflacionados e a mensalidade chega a ser até dez vezes mais alta que o preço do plano básico. Ademais, os mesmos perfis envolvidos na revenda da internet da Starlink também estão associados à compra e venda ilegal de ouro e cassiterita extraídos da Terra Indígena Yanomami.
A presença da Starlink na Amazônia levanta preocupações sobre a possível utilização da internet para monitorar e facilitar atividades ilícitas, como o garimpo ilegal, cujo impacto devastador afeta tanto o meio ambiente quanto as comunidades indígenas. A ausência de fiscalização e regulamentação adequadas por parte das autoridades brasileiras permite que essa situação perdure sem consequências para a Starlink e seus clientes ilegais.
Além disso, a chegada da Starlink ao Brasil foi marcada por irregularidades, com o governo Bolsonaro interferindo na Anatel para autorizar a operação dos satélites da empresa em território brasileiro. A falta de transparência e prestação de contas por parte da Starlink, somada à ausência de resposta das autoridades brasileiras, levanta sérias questões sobre a legalidade e ética dessa operação.
Diante desses fatos, é essencial que as autoridades brasileiras adotem medidas urgentes para investigar e regulamentar as atividades da Starlink na Amazônia, visando garantir a proteção do meio ambiente, dos direitos indígenas e da segurança cibernética. O futuro da Amazônia e de suas comunidades está em jogo, e é crucial responsabilizar aqueles que priorizam o lucro em detrimento da justiça e do bem-estar das pessoas e do planeta. Adicionalmente, as ações de Elon Musk configuram crimes de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime, além de desrespeitar a legislação brasileira. Os provedores de redes sociais devem observar a Constituição Federal e as leis brasileiras, pois a liberdade de expressão não deve ser um pretexto para cometer crimes.
Nos últimos dias, o magnata tem se aliado à ala radical da direita brasileira na tentativa de desacreditar o sistema judicial do Brasil e disseminar a ideia de que há uma "ditadura judiciária" no país. Musk provocou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e se comprometeu a restabelecer contas de extremistas que haviam sido bloqueadas por ordem do magistrado, após sucessivos casos de propagação de desinformação e discurso de ódio. Esses extremistas alvo do STF estão sendo investigados como integrantes de milícias digitais, no contexto do inquérito das fake news.
Em resposta às investidas de Musk, o ministro Alexandre de Moraes, inclusive, optou por investigar o magnata e incluí-lo no inquérito das fake news por “intencional utilização criminosa”. Ele também proibiu a empresa X de reativar perfis retirados do ar por determinação judicial.
"Já dizia a música do Titãs... A Solução do nosso povo eu vou dá, negócio bom assim ninguém nunca viu. Tá tudo pronto, agora é só vir pegar. A solução é alugar o Brasil". Em resumo, ser patriota é respeitar as leis que regem nossa nação, portanto, aqui não é terra sem lei, nem temos palhaço administrando o nosso pais. Mais respeito a soberania brasileira e a constituição federal.
Texto: Clarissa A. Castelo Branco
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